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Facebookcídio


Hoje cometi, em definitivo, facebookcídio. Após passar uma semana com a página desativada, decidi apagá-la de vez. Para lá não pretendo voltar. Não é fácil apagar-se do Facebook -- além de não haver simples botão para clicar, os robôs fazem-lhe mil perguntas, e, não satisfeitos com as respostas, tentam uma última chantagem emocional: "fulana sentirá sua falta", "beltrano não terá como lhe encontrar". Confesso que achei a experiência meio perturbadora.

Já não tenho conta de quantos anos fiquei no Facebook, mas foram muitos. Bem mais do que gostaria de admitir. Tampouco sei qual o saldo dessa experiência. Conheci algumas pessoas interessantes, o que foi bom. Mas, tive muitos aborrecimentos desnecessários, perdi tempo demasiado com gente desconhecida.

Achava que era importante manter a página para divulgar meus artigos, mas a verdade é que para isso o FB serviu muito pouco. As pessoas -- guardadas algumas exceções -- não costumam passar do título, ou da primeira linha. E, ainda que passem, muitos leem com óculos de fundo de garrafa, tamanho o poder do viés que carregam. Viés muitas vezes induzido pelos próprios algoritmos da rede.

Bem antes de decidir criar conta no Facebook, tinha um blog. Nele escrevia com frequência e prazer -- prazer de escrever para mim mesma. Que bom que é voltar à vida pré-FB.

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